sexta-feira, 30 de dezembro de 2011

Retrospectiva





Não terei aqui compromisso com a temporalidade, sequer com o mundo real, mas às vezes direi verdades. Conheci o universo da rede social. Meu calendário em 2011 parecia não ter nexo. Trabalhei como nunca, apesar de ter apostado em um ano mais tranqüilo. Minha tranqüilidade foi garantida em casa, mas na rua...socorro. Em 1976, tive minha primeira experiência política. Em 2011, fui político com maturidade e não esganei ninguém. Levei alguns sustos, um temporal fez meu filho ter medo de trovões até hoje.
Em todo o mundo, a economia esteve ameaçada, porém dizem que o Brasil está protegido. Minhas contas não fecharam. Conheci em 2011 pessoas inacreditavelmente horrorosas. Já esqueci. Em 1985, me formei e jurei compromisso com a Educação: estou tentando. Ouvi de uma professora, em 2011, “que lei que nada, vou fumar aqui dentro da escola...”. Fui ao primeiro Rock in Rio e nunca mais esqueci.
Prenderam o Nem aqui perto de casa. Consegui em 2011 construir a calma antes nunca alcançada. De 1989 a 1995, trabalhei com duas pessoas muito duras, exigentes, muitas vezes incompreendidas (na época), mas que marcaram positivamente minha vida profissional: obrigado Amélia e Lídia. Em 2011, trabalhei com duas pessoas que não quero nem ver na rua. Esqueceram de prender gente que se encosta no funcionalismo público.
Em 2007, Caio chegou. Em 2009, Júlia chegou. Em 2011, os dois são irmãos com olhares de companheirismo nas peraltices (que termo antigo!). Em 2011, conheci pessoas incríveis, pois comecei a escrever um livro; obrigado: Esméria Freitas, Sérgio Cabral, Melanie Dimantas, Patrícia kogut, Mauro Senise, Cláudia Costin, Roberto Lima Neto.
Amy Winehouse foi embora, que pena! Chico Buarque estará de volta em 2012. Rezei pouco, estive muito humano. A tecnologia avança e cria relações virtuais. Por causa da rede social, reencontrei pessoas que não via há mais de 15 anos. O telefone ainda funciona, ok? Minha casa pede nova pintura, mas isso fica para o ano que vem.
Em 2012, perderei 10 quilos (dos 20 que tenho que perder). Em 2014, farei 50 anos. Ops, é retrospectiva! Desculpem-me. Em 2011, vimos de tudo: extorção, violência, guerra, fome, overdose, nada de novo.
Em 2012, quero meus amigos mais perto. Desejo em 2012 que tenhamos mais alegrias que tristezas, mais amor, menos desconfiança, mais prazer em viver.
Hoje, meu filho me fez a seguinte pergunta: “Pai, cavalo tem bochecha?” Respondi que não, mas fiquei na dúvida. Tenho que criar respostas melhores em 2012. Mas o que preciso mesmo é fazer quem está ligado a mim rir mais, esperar mais da vida, querer estar por aqui mais tempo.